Na largada, nova regra de transparência em investimento tem alcance limitado
- Valor Econômico
- 27 de mai.
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Em estruturas verticalizadas em que emissor bancário também distribui, custo segue oculto
Seis meses após a regra de transparência na distribuição de investimentos entrar em vigor, o que se percebe é que algumas questões têm funcionado bem, a exemplo da abertura da taxa de intermediação em títulos de crédito privado e a discriminação dos custos em extratos trimestrais. Mas em alguns casos a informação na ponta é pouco fluida e o investidor ainda não despertou para o tema.
Até no certificado de operações estruturadas (COE), chamado no âmbito da supervisão de “cárcere privado do dinheiro” - pelo prazo longo das operações e pedágio alto na saída antes do vencimento - é possível encontrar o custo embutido na distribuição. Porém, no caso da oferta de produtos que têm um banco tanto na ponta de emissão quanto na de distribuição dos ativos, as instituições têm a prerrogativa de não dar essa abertura na hora da contratação.
Pelas diretrizes da resolução 179, da Comissão de Valores Mobiliários, desde junho de 2023, os investidores passaram a ter acesso a uma descrição qualitativa das formas de remuneração recebidas direta ou indiretamente pela distribuição, além de incentivos que configurassem potenciais conflitos de interesse. Em novembro passado, começou a valer a norma integral, que estabelece que o cliente tem o direito de saber o quanto efetivamente paga por produto quando faz a compra, além da foto completa das comissões em extratos trimestrais.
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