Em 2021, o segmento de fundo de investimentos em crédito privado captou, descontando resgastes, R$ 104,46 bilhões. Os 10 fundos mais rentáveis da categoria renderam 12,5% em média
Na gangorra dos juros no Brasil, quando a Selic está alta, como é o caso agora, a renda fixa naturalmente ganha adeptos. Depois de um 2019 e um 2020 desafiadores, o segmento de fundos de crédito privado, uma das modalidades de investimento em renda fixa, teve um 2021 muito bom e entra em 2022 com boas perspectivas. Pelo menos por ora.
Esses fundos investem em títulos de dívida corporativa, como debêntures, debêntures incentivadas, recebíveis imobiliários (CRIs) e do agronegócio (CRAs), além de dívida bancária, como CDBs, LFs (Letras Financeiras) e outras operações estruturadas. Eles podem ainda ter títulos públicos para compor o restante do patrimônio.
“Tivemos o melhor ano da história do mercado de capitais olhando dívida corporativa, com vários emissores diferentes captando via debêntures, FIDCs [Fundo de Investimento em Direitos Creditórios] captando e investindo. Ou seja, muito dinheiro de investidor disponível de um lado e as empresas precisando se financiar de outro, aproveitando a janela positiva para fazer isso”, resume Marcos Iorio, gestor da Integral Investimentos, casa que administra alguns fundos de investimento em crédito privado.
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