Gestoras especializadas em ativos problemáticos têm colocado mais transações na mesa
Empresas com graves problemas financeiros e que passam por reestruturação estão sendo vendidas por valores simbólicos, operação na qual o comprador assume as dívidas da companhia “de porteira fechada”. Um dos casos mais recentes no país foi o da varejista Dia, em recuperação judicial, negociada por € 100. O grupo espanhol tentou originalmente vender o ativo, antes de entrar com pedido na Justiça de proteção aos credores.
A empresa de biotecnologia Superbac, que recebeu investimentos do fundo de private equity (que compra participação de empresa) da XP, também passou para uma empresa especializada em reestruturação, apurou o Valor. Outra foi a rede de calçados Mr. Cat, investida do fundo HIG, disseram fontes. Procuradas, tanto a XP, quanto a HIG, preferiram não comentar.
O número de exemplos tem crescido. A Rodovias do Tietê, se soma à lista - foi vendida por valor simbólico de R$ 1, após um acordo costurado pela reestruturadora Starboard. Um interlocutor da gestora explicou que os debenturistas se organizaram “em uma casca”, assumiram as dívidas da companhia e criaram uma governança interina enquanto o poder concedente não aprova a operação.
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